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Revista Abreu > Revista > ABREU #05 > Uma releitura do Velho Chico
ABREU #05

Uma releitura do Velho Chico

Lucas Fonseca 20 de março de 2021
11 min de leitura
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 PROJETO ARQUITETÔNICO

Projeto arquitetônico do Aquário Bacia do Rio São Francisco busca representar a biodiversidade de um dos principais cursos de água da América do Sul

A fonte de água logo na entrada do Aquário Bacia do Rio São Francisco, localizado na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte/MG, é um convite para todos mergulharem na história de um dos principais rios do país. A água dessa fonte, que representa a nascente do “Velho Chico”, percorre todos os tanques do aquário, e guia os visitantes ao passeio pelo lugar.

Divulgação

Inaugurado no dia 5 de março de 2010, o aquário é considerado o maior de água doce do Brasil e o primeiro do gênero no país. Mas a história desse espaço começou muito antes, por meio da paixão de um arquiteto por animais. “O aquário surgiu por causa de um macaco”, conta Gabriel Aun, responsável pelo projeto arquitetônico do espaço e que contou também com o apoio dos arquitetos Afonso Aun e Alcino Fonseca. “Apareceu um bicho no condomínio onde moro e eu não sabia o que era. Fotografei o animal e levei a imagem ao Zoológico de Belo Horizonte para saber o que era, e descobri que se tratava de uma espécie de macaco ameaçada de extinção”, explica Aun. A curiosidade do arquiteto o levou a ser convidado a projetar o recinto dos rinocerontes, no próprio zoológico e, dali, nascia uma relação de parceria com a Fundação.

Divulgação

O arquiteto Gabriel Aun

Para a construção do aquário, um longo período de pesquisas foi realizado. Além de estudar espaços como esse, instalados em outras partes do mundo, Aun visitou também o Aquário Municipal de Santos/SP. “Na época, o jardim zoológico tinha a ideia de trabalhar todos os grupos de animais que fosse possível, e existia uma demanda de incluir peixes no nosso plantel para trabalharmos tanto a parte da conservação de peixes ameaçados quanto a questão da educação ambiental. Nisso, o Ministério do Meio Ambiente abriu uma verba com edital para projetos sobre a bacia do rio São Francisco e conseguimos juntar o útil ao agradável”, relembra Humberto Mello, gerente do Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, que participou também da concepção do aquário.

O aquário em números

O aquário em números

O projeto

Divulgação

Além dos tanques de peixes, compõe a estrutura do aquário um auditório, espaços de exposição lúdicos, jardins, laboratório, lagoa marginal, lanchonete e lojinha para venda de souvenirs. O grande diferencial na elaboração do projeto arquitetônico foi a necessidade de se utilizar estruturas de concreto pré-moldadas que estavam disponíveis no terreno onde seria o aquário. Esse material seria utilizado para a construção de escolas públicas na época, mas, como o projeto não seguiu adiante, os pré-moldados ficaram estocados no zoológico. “Isso travou um pouco a criação porque eu não podia fazer o pé-direito muito alto, então tivemos que adaptar, na verdade, fazer uma coisa mais com o pé no chão mesmo, e nós conseguimos”, explica Aun.

A obra durou cerca de um ano e meio e, durante o processo, todas as lajes, pilares e vigas que seriam destinadas à construção de escolas foram reaproveitadas para formar o que hoje é o Aquário Bacia do Rio São Francisco. “Na verdade, foi um verdadeiro quebra-cabeça. Essas colunas de concreto já vinham com os apoios no lugar certo para o projeto de uma escola, então tivemos que adaptar muita coisa. A laje, por exemplo, tivemos que reforçar com fibra de carbono, é como se fosse uma aplicação de esparadrapo, e o trabalho ficou impressionante”, acrescenta o arquiteto Aun.

Fotos: Divulgação

Um projeto desafiador, mas que com muita criatividade se tornou real. Os próprios vidros usados nos tanques tiveram que ser importados dos Estados Unidos, pois não eram fabricados no Brasil. “Nos tanques menores utilizamos três lâminas de vidro de 1 cm cada um, com uma película entre eles; e o tanque maior, que tem 23 m de comprimento, são cinco vidros de 1 cm cada. Fizemos uma coisa bem simples, mas muito prática: no próprio concreto eu já fiz o encaixe, aplicamos o mastique [cola adesiva impermeabilizante], e com o peso da própria água dentro do tanque foi possível prender os vidros”, explica Aun.

As estruturas pré-moldadas e a técnica dos encaixes dos vidros no concreto foram alternativas que ajudaram a baratear a construção do aquário e tonaram o projeto mais funcional. A acessibilidade também foi lembrada no desenvolvimento do projeto, com a construção de rampas de acesso no prédio. Na planta, ainda existe o desenho de uma entrada independente para o aquário, que não dependa da entrada do zoológico, mas que ainda não foi construído.

Com o aquário pronto, o segundo desafio estava relacionado ao ponto de vista da biologia, ou seja, em fazer com que o aquário funcionasse e fosse receptivo aos animais que habitassem o lugar. Muito além do que é visto pelos visitantes, o bastidor é um elemento crucial para o bom funcionamento do espaço. Todo o maquinário para filtragem da água e controle de temperatura está instalado atrás dos tanques, e é um trabalho diário e constante a checagem e a manutenção desse bastidor. “O outro desafio é conhecer os animais. Quando recebemos um peixe ameaçado de extinção, nós não temos muita bibliografia sobre ele, logo se torna desafiador associar um ambiente de aquário à própria demanda do animal”, diz Mello, que acrescenta: “a maioria dos peixes que vivem no rio São Francisco são migratórios e a estrutura de aquário não fornece essa possibilidade de migração. Seria necessário, por exemplo, a existência de um tanque com uma enxurrada para que o peixe se sinta na época de migração”. Hoje, a equipe de biólogos do aquário já caminha para um trabalho de pesquisa para fazer a indução hormonal desses animais para que eles reproduzam sob demanda dentro de um plano da coleção.

Fotos: Divulgação

Cenografia dos tanques

A preocupação com os peixes é fator primordial no Aquário Bacia do Rio São Francisco. A ambientação dos tanques, além de reproduzir o modo como o rio e suas margens são de fato na natureza, permite que os peixes possam expressar o comportamento natural em seu habitat.

O tanque maior, por exemplo, chamado de São Francisco, tem capacidade para 450 mil litros de água e representa um braço do “Velho Chico”. Nele, é possível ver no fundo como é a barra do rio, um trabalho feito com fibra de vidro para dar forma aos barrancos que existem no São Francisco. Ao subir uma rampa, o visitante tem acesso à parte superior do tanque, onde é possível visualizar a mata ciliar que circunda o rio, a casa do pescador e outros elementos biológicos e culturais que compreendem todo o rio.

Fotos: Suziane Fonseca

“São elementos importantes para trabalharmos a biologia não só dos peixes, mas do ambiente, principalmente no que diz respeito à educação ambiental – a importância da mata ciliar, do córrego na emissão de partículas para ocorrer o assoreamento e a alimentação dos peixes. A concepção dos aquários em vários tamanhos também é importante para mostrarmos a diversidade de vida dos peixes e a diversidade de vida do rio São Francisco”, diz Mello.

Durante a visita, é possível conhecer vários tipos de árvores como angico-branco, ipê-roxo, imbiruçu, jequitibá e ingá-do-brejo, espécies que ocorrem ao longo dos cursos d’água e que desempenham um papel importante na manutenção da qualidade hídrica, além de disponibilizar alimentos e proteção para a fauna, inclusive os peixes.

Preservação ambiental

Ao longo dos seus dez anos de história, o aquário vem reforçando cada vez mais sua importante contribuição para o conhecimento, o estudo e a conservação das espécies de peixes de água doce que ainda podem ser encontradas na bacia do Rio São Francisco.

O espaço abriga ¼ das espécies de peixes existentes na bacia do rio São Francisco. Entre elas, alguns de grande porte, como o representativo surubim, e espécies ameaçadas de extinção, como o pirá e peixe-anual. Todos eles convivem com outras espécies que também se encontram em diferentes situações de risco, como cascudo, matrinxã, curimatã, pacu, pacamã, mandi, curimba, piau, piranha, lambari e acará.

Fotos: Divulgação

A própria cenografia é muito importante para o convívio e comportamento desses animais. “Como teríamos no grande tanque peixes de diferentes tamanhos, presas e predadores, nós tivemos que adequar o ambiente ao mais natural possível para que oferecêssemos às presas, por exemplo, abrigo, lugar de esconderijo. Associado a isso, temos o fornecimento de uma boa alimentação para que os animais classificados como presas não sejam realmente presas, e conseguirmos adequar isso tudo”, explica o biólogo e gerente do Jardim Zoológico de Belo Horizonte, Humberto Mello.

Além disso, o aquário possui um programa de enriquecimento ambiental que, muito além da cenografia, consiste em fornecer estruturas para que os peixes expressem o seu comportamento ao natural.

Fotos: Divulgação
MARCADO água doce, Alcino Fonseca, aquário, Aquário Bacia Rio São Francisco, Belo Horizonte, Funadação de Parques Municipais e Zoobotânica, Gabriel Aun, projeto arquitetônico
Lucas Fonseca 20 de março de 2021
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