O artista visual Max Motta do Recife, apresenta sua primeira individual em Belo Horizonte, MG. Intitulada A Cara do Brasil – sobre a gente, sob o sol, a exposição pretende jogar luz sobre ofícios fundamentais para o funcionamento da engrenagem que sustenta a vida cotidiana em sociedade.
A mostra, que reúne 20 obras, entra em cartaz no próximo sábado dia 12, na Bomb Club Graffiti, no Mercado Novo em BH, e fica aberta ao público até 12 de março.
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Max telas tem seus traços reconhecidos em personagens de murais em spray. Pegando um caminho diferente do graffiti, esses personagens agora estão em telas retratadas em acrílica e aquarela. No entanto, a essência de sua estética permanece. Corpos sensíveis, trabalhadores, olhares profundos, cores, sombras e formas geométricas que se alinham em profundidade. Nesta leva, seus personagens imprimem uma visão sobre o trabalho, um povo e a força de existir. Nas telas, o labor de gente que carrega no corpo as marcas e o peso da história, mas jamais esmorece.
Segundo Max, “esta exposição ressalta a subjetividade dos corpos que executam labutas pesadas e fazem a vida acontecer. Uma maneira de marcar existências comumente ignoradas, mas essenciais pelos postos que ocupam e pela perspectiva do olhar dessas pessoas sobre o mundo”, pontua. E ainda, para lembrar aos que se beneficiam dessas mãos de obra, quem sustenta seus privilégios.
Sobre Max Motta
Maxmilyano Marques da Motta tem 32 anos, nasceu no Recife, Pernambuco, e já realizou algumas exposições como: O Nordestino, em 2017, em São Paulo, uma coletiva em homenagem ao centenário de Jackson do Pandeiro, na Casa Balea, em Olinda e a individual Pele Grossa em 2019. Na Rua do Apolo, em Recife, ainda pode ser visto seu painel em grafitti mais antigo, feito há 15 anos. Atua como tatuador (Estúdio NYX Tattoo), ilustrador, artista visual, utiliza técnicas do grafitti e aquarela, e agora acrílica, sobre muros e telas.