Piscinas de areia compactada apresentam um novo conceito de lazer

Piscinas de areia compactada apresentam um novo conceito de lazer

Fábio Gomides
7 min de leitura

 PISCINAS

A procura pelas piscinas de areia compactada está em alta. A tecnologia, que é relativamente nova no Brasil, vem conquistando cada vez mais adeptos em função de diversos fatores. Com suas formas orgânicas, simulando lagos naturais, esse perfil de piscina, que faz muito sucesso no setor hoteleiro, principalmente nos grandes resorts, agora também já é realidade nos projetos residenciais.

E o sucesso faz todo sentido. Ter uma piscina dessas em casa é como ter um pedacinho do Caribe no quintal. A sensação é de ter uma praia particular. E para trazer esse efeito, elas podem ser incrementadas com pedras naturais, cascatas, hidromassagem, bar molhado, píer, decks de passagem, pequenas ilhas, vegetação e até camas balinesas, criando o cenário ideal para os momentos de diversão e relaxamento.

Construídas com materiais que permitem moldar a área pretendida, criando formas inusitadas, elas se destacam sobretudo pela beleza, originalidade, e por estarem completamente integradas à natureza. Embora pareçam lagos ou pequenas praias naturais, as piscinas de areia não são simples escavações revestidas com areia solta e água. O processo de construção é praticamente idêntico aos modelos em concreto armado, que geralmente é o utilizado nas piscinas que serão revestidas com algum material mais resistente como azulejos, pedras, entre outros. No caso das piscinas de vinil ou fibra, a estrutura acaba sendo um pouco mais simples, mas o efeito visual também é bastante limitado. Depois de toda estrutura pronta, a piscina recebe um revestimento feito a partir da mistura de areia e de uma resina, que é a responsável por deixá-la compactada. Dessa forma, não há grãos soltos de areia em nenhuma das partes. Os aditivos acrescentados à areia permitem que o revestimento suporte  bem as mudanças de temperatura, deixando o piso e as laterais livres de trincas e rachaduras.

Fotos: Divulgação

A primeira e principal vantagem deste tipo de material é que ele permite uma personalização total do projeto. Dessa forma, cada piscina é única. Não existe nenhum tipo de limitação com relação às formas e à profundidade e funcionalidades, fatores que conquistam tanto arquitetos quanto clientes finais. Assim como a maioria das piscinas, o revestimento também permite o uso de aquecedores, construção de bordas infinitas, além de outros detalhes arquitetônicos. Outro ponto de destaque é certamente com relação à segurança. Neste tipo de piscina, o usuário tem acesso por meio de uma parte bem rasa, uma espécie de prainha, e vai caminhando pela água até a parte mais profunda de forma muito natural, sem a necessidade de escadas ou de outros apoios. Além disso, a areia compactada não é escorregadia como os demais revestimentos amplamente utilizados nas piscinas convencionais, evitando qualquer tipo de acidente desta natureza. Além de antiderrapante, o material ainda não absorve calor, ou seja, não queima os pés mesmo nas partes expostas diretamente ao sol. Outra vantagem é com relação à segurança dos pets. Se um cachorro cair dentro da piscina por exemplo, ele conseguirá sair sozinho, sem precisar ser resgatado por alguém.

Os cuidados necessários com a manutenção e limpeza são os mesmos de uma piscina convencional: filtragem e tratamento da água, aspiração e retirada de sujeira na superfície com a famosa redinha. Por não possuir rejuntes, ela acaba sendo até mais fácil de limpar. E caso apareça alguma mancha no revestimento, basta esfregar o local com água e sabão ou usar uma lavadora de alta pressão. De acordo com as empresas fabricante, o revestimento é resistente a esse equipamento.

Foto: Divulgação

Por se tratar de uma tecnologia relativamente nova para o nosso mercado, muitos profissionais da arquitetura ainda não estão completamente inteirados com relação ao processo, mas as empresas do setor oferecem todo o suporte, podendo inclusive atuar no desenvolvimento de todo o projeto, caso seja necessário.

Presente no Brasil há 8 anos, a Piscinas de Areia foi a primeira empresa especializada no país a atuar neste setor e já coleciona mais de 70 projetos executados em diversos estados. Trazendo tecnologia da Europa, o primeiro escritório foi montado em Natal (RN) e por este motivo, a região nordeste possui vários exemplares. Há dois anos a empresa fixou-se em Campinas, onde montou um showroom e o escritório, com o objetivo de conseguir atender todo o Brasil em função da localização mais estratégica. A espanhola Ester Garriga, uma das fundadoras da Piscinas de Areia explica: “Não existe limites na hora de construir uma piscina de areia compactada. É justamente por isso que arquitetos e paisagistas ficam tão empolgados com a ideia. Eles possuem total liberdade para criar”.

Fotos: Divulgação

Questionada sobre os custos de uma piscina em areia, a executiva destaca: “se compararmos com uma piscina convencional, de concreto armado, então estamos no mesmo patamar de investimento”. Dessa forma, uma piscina com 50m2 pode sair por cerca de R$90 mil em média.  A construção demora de 4 a  6 semanas, dependo das condições do terreno, climáticas e também do projeto. Lembrando que quanto mais distante da sede da empresa, maior o custo de execução. E importante salientar que o custo final irá depender dos recursos escolhidos. Com tantas possibilidades, o difícil é se controlar diante de tantas opções.